Quem sempre sonhou em ter o catálogo da Amazon – e suas entregas rápidas – no Brasil, pode começar a comemorar.
A gigante do varejo confirmou que, a partir desta quarta-feira, 18/10, vai expandir suas operações por aqui.
Segundo o Valor, os produtos oferecidos serão eletrônicos, no primeiro momento, por conta da alta demanda e facilidade de transporte: TVs, smartphones e acessórios, computadores, monitores, caixas de som, etc.
Mas a meta da empresa a longo prazo é expandir seu catálogo de produtos e serviços para se igualar ao que oferece nos EUA.
Ao que tudo indica, a varejista pretende trazer o seu modelo de negócio utilizado por lá, sendo a intermediária entre os consumidores finais e os vendedores.
A operação da Amazon até aqui
No mercado nacional desde 2012, a Amazon restringiu seus produtos no Brasil a e-books, e-readers e, finalmente, livros impressos em 2014.
Num segundo momento, ela iniciou conversas com grandes varejistas e empresas de tecnologia sobre a integração de lojas virtuais ao seu marketplace. O que acontece agora é que as empresas que aceitaram os termos vão poder vender seus produtos através da Amazon.
Para manter seu padrão de qualidade, a gigante distribuiu a esses novos parceiros um Manual do Vendedor e um roteiro de como preparar a venda dos produtos dentro do site. A empresa afirma que a forma como eles são apresentados pode influenciar na decisão de compra, e indica que os parceiros anunciem seus produtos de forma consistente, com informações claras e concisas.
Enquanto isso, na Bovespa…
A chegada na Amazon no Brasil foi celebrada por muitos e temida por outros tantos.
Aqui, o medo é racional e expresso em números: com o anúncio dessa nova operação na sexta-feira passada, as ações do Magazine Luiza fecharam o dia com queda de 5,86%; as da Via Varejo fecharam com queda de 8%; e as ações da B2W (Submarino, Lojas Americanas e Shoptime) despencaram 10,7%.
Apesar das previsões quase utópicas para as empresas de e-commerce do Brasil, parece que chegou a hora de reinventar seu modelo de negócio para se manter vivo no mercado.