Muito tem se falado sobre as mudanças nos hábitos de consumo nos últimos anos e vimos a transformação digital acelerar ainda mais no período pós-pandemia. No entanto, não foi só isso que mudou. Tem sido possível também observar novos modelos de negócios ganhando destaque e força em todo o mercado. 

 

É o caso, por exemplo, do D2C (Direct to Consumer). Em países como os EUA, onde o modelo já está mais consolidado, as vendas online em canais D2C já representam dois dígitos das vendas — e segue com expectativas de crescimento. Uma pesquisa feita em 2020 pela Morning Consult em algumas cidades americanas indica que a porcentagem de consumidores que faziam compras em canais diretos das marcas passou de 5% em 2019 para 31% no ano seguinte.

 

No Brasil, o número ainda é modesto e fica na casa dos 5%, mas tudo indica que isso irá mudar cada vez mais. De acordo com o estudo da Ebit|Nielsen, 50% dos clientes procuram saber se as marcas fabricantes têm e-commerce próprio e 68% deles fazem isso já com interesse em comprar online. 

 

Assim, fica clara a importância de vender  direto ao consumidor pelos canais digitais. Para estruturar suas operações de e-commerce, as marcas possuem basicamente três possibilidades: internalizar, o que demanda investimento alto e bastante tempo para ganhar tração; terceirizar com diversos fornecedores e fazer a gestão de contratos e consolidação de dados; ou terceirizar com o modelo de full commerce, em que todo o desenvolvimento, implementação e gestão do projeto de ponta a ponta ficará sob responsabilidade de um parceiro único, já com expertise e estrutura para tal.

 

O full commerce oferece ecossistema digital e infraestrutura completos — desde a implementação da plataforma, cadastro, armazenagem de produtos e logística até pós-venda e marketing digital —  é vantajoso também porque:

 

  1. com a negociação em grande volume com parceiros, o custo  tende a ser atrativo para as marcas;
  2. menor tempo de implementação — partindo do zero, o prazo de lançamento da operação interna é de cerca de 12 meses; com o full commerce, é possível começar a operar em 3 meses;
  3. a marca pode focar totalmente no core do seu negócio, aproximando o relacionamento com o consumidor final, aprimorando a oferta de serviços, desenvolvimento de produtos e de campanhas de marketing.

 

Seu negócio pode ir além: dados, experiência e fidelização

 

Os motivos para vender diretamente ao cliente final vão muito além de seguir uma tendência e trata-se de uma decisão de negócio. Um dos principais pontos positivos é o acesso a informações. A indústria que cria seu e-commerce passa a ter dados desses consumidores que ela não tinha antes.

 

Assim, além de acompanhar informações gerais para criar melhores políticas de preço e promoções tanto no seu canal quanto nos parceiros, por exemplo, ela passa a gerar insights sobre as necessidades dos consumidores. Esse tipo de informação pode ser utilizada para ajustar produtos e pensar em novos e até mesmo testar lançamentos e ter um feedback importante sobre tais novidades. 

 

Com um canal próprio, a marca pode, ainda, agregar a oferta de serviços que não é possível oferecer nos varejistas como instalação de produto, seguro ou trade-in (quando o consumidor paga parte de um equipamento novo com um antigo que já possui). 

 

Por fim, é importante destacar que a marca será responsável por direcionar a jornada do consumidor, do início ao fim em seu em seu e-commerce próprio, gerando uma vivência completa. E isso é essencial porque sabemos bem: no universo praticamente infinito da internet, entregar a melhor experiência de compra online — da navegação no site com conteúdo de qualidade à apresentação da embalagem entregue no prazo — é o que vai estabelecer relacionamento de longo prazo com a marca muito além da compra.

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