Existem várias interpretações quando o termo “Mídia” é utilizado. Enquanto no mercado publicitário empresas de mídia estão relacionadas à veiculação de propagandas, para outros, o termo está relacionado a jornais, revistas e até novelas.

Já no mercado de tecnologia, o termo pode estar relacionado a um simples website, um blog ou a um app mobile.

Mas pergunte a um millennial quais são as top 3 empresas de mídia na sua opinião… Dificilmente você ouvirá rede globo ou grupo bandeirantes.

Qualquer que seja a sua definição de Empresa de Mídia, dois fatores comuns a todas elas são:

Empresas de mídia utilizam conteúdo (em diversos formatos) para atrair e reter a sua atenção, independente de qual seja o produto/serviço final.

De qualquer maneira, a forma como consumidores tomam decisões de compra mudou e, portanto, a mídia também.

Com a explosão do marketing de conteúdo e das redes sociais, empresas que buscam resultados online começaram a criar conteúdo e aumentar a interação com potenciais (e atuais) consumidores.

Através de blog posts, e-books, white-papers, webinars, vídeos, infográficos e imagens, empresas criaram um ativo que, mesmo não sendo o produto/serviço piloto da empresa, traz resultados em vários âmbitos da organização, tais como:

  • Criação de um ativo;
  • Posicionamento da marca como autoridade no tema;
  • Validação de mercado;
  • Geração de oportunidades de negócio (leads);
  • Melhoria do posicionamento orgânico (SEO);
  • Construção de uma audiência qualificada;

Devido ao seu alto retorno e baixo custo – tanto de investimento financeiro quanto recursos como pessoas, tempo e ferramentas – a estratégia tem se popularizado e o mercado, por fim, tem transformado empresas tradicionais em empresas de mídia.

Vamos olhar para algumas empresas, que não possuem mídia como seu core-business, mas que tem utilizado ela a seu favor?

Conteúdo dos grandes gigantes

  1. Apple, tradicionalmente uma empresa de hardware, já é dona de duas iniciativas próprias de conteúdo. Sendo uma delas no formato reality-show chamado “Planet of the apps” e a outra chamada “Carpool Karaoke”.
    E, a altura do seu alcance, também contratou dois top-executives da Sony Entertainment para supervisionarem os primeiros passos no mundo do conteúdo.
  2. Snapchat, tradicionalmente uma empresa de mídias sociais e tecnologia, não por acaso recebeu U$500M da NBC durante a abertura do seu capital (IPO) e, agora, está estreando a sua própria série de TV, batizada de “The Rundown”, além do lançamento prévio exclusivo de outras séries junto a NBC;
  3. Amazon, tradicionalmente um e-commerce de livros, e o seu CEO Jeff Bezoz, já colecionam 1 Globo de ouro e 2 Emmys e, através do Amazon Studios, já começam a incomodar tradicionais de Hollywood.
  4. Twitter, tradicionalmente uma rede social limitada a 140 caracteres, começou a se posicionar como… a nova TV? Através de contrato com empresas como o BuzzFeed, Viacom e outros, a rede social planeja lançar 16 novas séries de vídeos ao longo do ano.

Conteúdo dos pequenos gigantes

  1. Endeavor, a organização não governamental de apoio ao empreendedorismo, que de propósito não possui nada de mídia, utiliza como ponto-chave da sua estratégia para educação, evangelização e capacitação do mercado o conteúdo nos mais diversos formatos: vídeos, artigos, cursos, quizzes.
    Através da sua rede de mentores empreendedores, distribui conteúdos de qualidade a respeito de temas que adicionam valor e respondem dúvidas de empreendedores ao redor de todo o mundo.
  2. Resultados Digitais, uma empresa de tecnologia voltada para o marketing, utilizou conteúdo (em formato de artigos, ebooks, webinars e cursos online) para se tornar a principal referência nacional para o termo inbound marketing. Antes mesmo de lançar seu produto no mercado, a RD já produzia conteúdo como forma de validar o interesse no mercado e posicionar sua marca como autoridade. Desde o lançamento do produto, conteúdo ainda é ~by far~ o principal gerador de demanda para sua área de vendas;

Conteúdo dos não-tradicionais

  1. Pornhub, sim. O site pornô com 64M de visitantes diários e 92B de vídeos assistidos somente em 2016 (isso é 12.5 videos por pessoa na terra) também dá os primeiros passos com conteúdo através do lançamento do portal de educação sexual “Pornhub Sexual Wellness Center“. O objetivo é prover informações (vídeos e artigos) de especialistas em como ser saudável e feliz sexualmente.

O tipo de empresa varia, os seus produtos e serviços também, o segmento de atuação também, o formato dos conteúdos também.

Sabe o que não mudou? O fato de que todas as empresas listadas acima são extremamente bem sucedidas no que fazem e, nem por isso, deixaram de lado o fator conteúdo!

E você, como tem construído relacionamento entre o seu público-alvo e a sua marca?

Mantenha sua atualização constante entendendo a fundo o que é Transformação Digital e quais são seus resultados no mercado.

Pedro Clivati

Sales VP na Contentools Co-Fundador e VP de Vendas na Contentools - solução online de marketing de conteúdo para empresas que buscam resultados online. É professor de marketing, palestrante, mentor, viciado em novas tecnologias, inovação, novos conhecimentos, esportes e café!

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